MAURÍCIO BARBATO – O GÊNIO ATEMPORAL DE UM PINTOR

 

Não só por suas gentilezas e sua educação podemos dizer que Maurício Barbato, nascido no Rio de Janeiro em 1963, é um homem como os cavalheiros do século XIX. Sua arte realista, longe das abstrações e das criações livres, se iguala as obras dos grandes artistas que hoje só se encontram nas salas dos palácios e dos museus, pousadas na posteridade. Com a habilidade de um mestre da pintura e um desbravador de uma missão artística num Brasil inexplorado, ele não só compõe paisagens intocadas, como reverencia em especial a Mata Atlântica e a região amazônica, num período em que tanto precisamos de defensores para a preservação de nossas florestas e nosso planeta.

Formado em arquitetura, urbanismo e paisagismo pela Universidade Santa Úrsula – USU/RJ, em 1990, e estudioso pesquisador da fauna e da flora, Barbato nos apresenta com sua técnica precisa, seu conhecimento profundo e seu realismo extraordinário, a exuberância de sua arte naturalista, onde podemos percorrer matas fechadas, observando toda a beleza e diversidade das plantas e dos animais, das horas do dia, da aurora ao entardecer, dos lagos e cachoeiras, dos rios e das ondas do mar, das estações do ano e do tempo. Contemplar um de seus belos trabalhos é sentir com os olhos a temperatura e o vento na pele e aguardar o voo de um dos pássaros ou o reflexo desconfiado dos animais que nos observam.

Maurício Barbato é para as artes plásticas um embaixador dos anseios globais por terras preservadas, o fiel depositário dos cenários naturais ameaçados que sobrevivem graças aos ambientalistas e aos homens e mulheres que pensam no futuro do planeta e nas gerações que virão. Sua arte suprema revisita regiões cada vez mais distantes, que se revelam protegidas a cada obra, a cada criação, suspensas no tempo e no espaço. Elas renascem onde os sonhos nascem, na inspiração e no talento, tão vívidos nesse notável pintor brasileiro, guardião da natureza e da alma das florestas.

 

 

Rio de Janeiro, 11 de novembro de 2020.

 

Marcelo Del Cima

 

 

 

 

MAURÍCIO BARBATO – A PAINTER’S TIMELESS GENIUS

 

It isn’t just his remarkable politeness and civility that might lead one to say that Maurício Barbato, born in Rio de Janeiro in 1963, is not unlike a 19th century gentleman. His realistic art, eschewing abstraction and more untethered creations, is worthy of great masters’ whose work now adorn only rooms in museums and palaces, safely settled for posterity. With the skill of a master painting and the audacity of a trailblazer on an artistic mission towards an unexplored Brazil, Barbato not only composes untouched landscapes, but also reveres the Atlantic Rainforest and the Amazon region in particular — at a time where we all so desperately need those who stand for the preservation of our forests and our planet.

Barbato — who graduated in Universidade Santa Úrsula, in Rio de Janeiro, in 1990 with a degree in Architecture and Landscaping and dedicated himself to researching flora and fauna since — makes use of his precision in technique, his deep knowledge, and exceptional realism to craft his exuberant naturalistic art. Through it, one can meander through dense woods, observing the beauty and diversity of plant and animal life; of the changing colours as daylight gives way to dusk; of the lakes, waterfalls, rivers and sea waves; of the seasons and the passage of time. To contemplate one of Barbato’s gorgeous works is to feel the forest through one’s eyes: the warmth, the breeze, the sound of birds about to take flight, the watchful, wary eyes of nearby animals.

Maurício Barbato is an ambassador to the visual arts, voicing the global longing for land conservation, a faithful keeper of endangered natural landscapes that survive thanks to the work of environmentalists and of those who think of the planet’s future, and of generations to come. His extraordinary art revisits regions that are increasingly beyond our reach: safely enclosed only within each work, outside of time and space. They are reborn in the world of dreams, in inspiration and talent, all so vivid in this remarkable Brazilian painter, a guardian of nature and of the soul of the forest.

 

 

Rio de Janeiro, November 11, 2020.

 

Marcelo Del Cima